“… Não posso negar que há muito o enredo da minha vida eram as incertezas. Meus desejos eram imediatos e tinha uma fome enorme de construir algo que fosse imortal a mim mesma. Na realidade em que eu estava inserida, nem a razão me superava e minhas escolhas não interagiam segundo a vontade de meu coração e nem atendiam meus apelos interiores; mas eram ordenadas por engodos e sentimentos coagulados que não me protegiam de meus enganos… De minhas ilusões… De minhas fugas: Só o ego me conduzia. Hoje sei que tudo que sou não vai além de minhas escolhas. E como tudo tem um ponto de partida, enterrei minhas vontades decaidas e inconseqüentes e preenchi meu ser, desde então, com virtudes onde o amor me veste, meu ser se exalta e o Divino me sabe. Consciente que DEUS não se ausenta do meu ser, pois caminho…Caminho e sempre volto pra mim, sei que se um dia tropeçar num obstáculo, saberei que ELE está tentando me mostrar algo sobre minhas escolhas, e elas terão que coincidir com a vontade DELE.”
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“Não quero ser como uma máquina sem alma e nem encarar a vida como uma absoluta permanência nessa experiência de mim mesma. Não quero viver a verdade absoluta e nem estar a mercê da mentira em seu apogeu. Não quero permanecer como se o tempo me arrastasse a destino algum numa vida de penitência arbitrária e nem viver situações inalteráveis e constantes numa tristeza melancólica e desesperadora, alimentada pela espera suicida. Quero a inexatidão de minhas certezas, adulterar o enredo da minha história, deslocar meus caminhos e desafiar minhas limitações. Quero acumular experiências e sacudir minha alma com impulsos fluídicos até que meu corpo não suporte. Quero ser absorvida pela mudança dos tempos, meus erros e meus acertos e que a natureza me surpreenda onde tudo isso me cause transcendência… Que qualquer caminho que percorra que algo me faça sentir menos “pecadora”, pois no final concluirei: Sim, “pequei”! Mas foi preciso… Para me aperfeiçoar.”